terça-feira, 6 de maio de 2008

Utilidade de um Big Brother sem 1 milhão

Raríssimas são as pessoas que gostariam de ser vigiadas 24 horas por câmeras, sem a motivação da fama artística ou dinheiro. Mas outro dia assistindo TV, vi uma reportagem sobre o caso da menina Isabela Nardoni, percebi que a mídia, polícia e Ministério Público utilizava o depoimento do pai e a madrasta como um meio incriminador, porque não “batia” de forma exata seus relatos da chegada em casa (minutos) com as informações encontradas.Eu não quero dizer com isso que eles sejam inocentes; estou pegando um fato isolado e pensando que se houvesse uma acusação contra mim e em meu depoimento não lembrasse a hora e os minutos exatos em que cheguei ou saí de um lugar, poderia estar numa enrascada.Lembro-me quando criança, que quando minha mãe estava conversando com outro adulto, contando um acontecimento, eu percebia que os fatos não foram exatamente daquele jeito, então intervia: “Não foi bem assim, foi ...” Minha mãe como a maioria dos adultos da época dizia: - “Está dizendo que estou mentindo?”, (me constrangendo).É real que o ser humano não guarda na memória as informações como em um computador, ele guarda fragmentos dessas informações. Mas na maioria dos casos nem lembramos ou sabemos disso, por isso, quando estivermos diante de uma situação assim, devemos ter cuidado com “julgamentos” e buscar equilibrar a emoção com a razão.
Eu que agora sou estudante de Direito, sempre vejo os professores dizendo para termos cuidado com o que a mídia diz, ou independente da situação, buscar saber os fatos como eles são, ver provado. O que nem sempre é assim.
Por isso, nesse momento crucial em que estaríamos sendo julgados ou acusados, lembraríamos disso, desejaríamos que nossos olhos, outros sentidos e principalmente câmeras, gravassem na integra esses momentos e nos servissem como uma taboa de salvação.
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